quinta-feira, 4 de junho de 2009

Masturbação Intelectual

Transcrição do ilegível

O dia nem me correu mal
E hoje, até nem estou muito virado para implicar com a vida.
Na manhã, sonhei acordado
Memórias, conteúdo manifesto,
Enquanto as mãos trabalhavam.
Projecto-me na simplicidade dos momentos felizes,
Que perduram acabados na frágil memória do animal humano,
Quando me falta que sentir.

Queria ler, mas só papel branco e caneta azul.
Pego nisto e leio para fora,
Palavras primeiro dentro e só depois fora,
Agora no papel e na memória.
Não me apetecem cores nem movimento,
Quero só esta agitação estáctica que se move dentro.

O dia até está feio, húmido e é quase verão,
Mas eu não sou higrómetro, nem termometro.
É nos dias quentes, a cheirar a amarelo,
Que me sinto mais melancólico.

Este verde aborrece-me porque é mentira
E essa verdade torna o céu cinzento.

Sinto-me como um palheiro no meio de um lameiro na Primavera,
Apesar de ser falso entre a vida.

Dói-me o pulso, não por escrever,
Mas talvez por me masturbar nos outros,
Que é sempre melhor tocar e ser tocado.
Apetecia-me foder a cabeça com alguém,
Não há quem,
Então, masturbo-me e fodo-lha a alguém.

O dia nem me correu mal
E hoje ainda não acabou.
Viro-me para dentro
E a vida, que é de fora, começa a implicar comigo.
Que implique!
De hoje só quero alguém que me diga um orgasmo na língua
E me leia o meu com a boca toda.

Rantasalmi/Savonlinna

04-06-2009

João Bosco da Silva

1 comentário:

s0ninha d0s lim0es disse...

Olha isto agora nao tem nada a ver... mas tava a ver o cenas do feed jet live e tinha la um gajo ke veio parar ao teu blog por pesquisar no google: "FODASSE SO QUERO SABER A VARIAÇAO DO CARVAO AO LONGO DO TEMPO CARALHO"
parti-m a rir xD
esta gente faz do google, jesus christo!!

beijinho bosko.

e o poema ta muito bom ;) vou ja deitar-me com ele ainda fresco na mente.