Nem me deram o benefício da dúvida.
Deixaram apenas que se apagasse
E agora, carvão.
Frio, sem a chama criadora e ilumindada,
Resta-me apenas riscar no papel,
O ressentimento amargo em poemas sujos.
Deixaram-me enferrujar,
A mim,
Que merecia o risco de um pouco de óleo.
Sem nome e se lugar,
Sem deus...
Que mais poderia eu ter sido,
Quando só se é grande,
Se as cabeças dos outros vêem a grandeza
Sem necessitarem dos olhos.
Nada esperaram de mim,
E eu, cheio de ovos,
Deixei morrer o ser fértil e com ele,
Os ovos infertilizados.
Fui nada com tudo pela frente,
Agora, sou um nada acabado.
Uma galinha de ovos de ouro
Que decidiram usar para mais um churrasco.
Rantasalmi
14-05-2009
João Bosco da Silva
14-05-2009
João Bosco da Silva
1 comentário:
Me gusta!!!
Esta muy bonito!
Un beso*
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