De mortos valiosos no nada,
Rodeado de formas sentidas de dentro para fora,
Deslumbrado pelo aborrecimento do maravilhoso
Simplesmente humano e possível,
Sinto palpitar a minha mais selvagem imaginação,
Incapaz de qualquer tipo de arte.
As obras humanas que se me atravessam
Na linha do desejo, de olhares penetrantes,
Excitam-me mais o sentido da vida.
E tudo são sublimações, mastigações, frustrações, negações,
Emoções quando não nos ocupam as sensações.
E tudo é tinta, pedra e tecido,
Distante e frio, humano de interior,
Filhos da companhia solitária...
(E elas passam de olhos vivos e fogo sempre aceso.)
Afogo-me no mar de beleza multicolor
E sinto que valeu a pena.
Atravesso a cascata do maior prazer
Sem molhar a minha pele que pede
O que a consciência lhe nega.
21-04-2009
Paris
João Bosco da Silva
Paris
João Bosco da Silva
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