sexta-feira, 24 de abril de 2009

Foda na Aldeia

No lameiro verde de frescura, rasgado por agueiras,
Encostado a uma macieira sardenta de maçãs vermelhas,
Com as vacas tetudas a pastar,
Estou completo como ejaculando dentro da prima afastada,
De mamas sempre mais próximas,
Lá da aldeia.

Dentro de um palheiro aprende-se mais da vida que vale a pena.
Entre palhas e cabelos,
Beijos e picadas nas nádegas,
Nádegas e o mugir de vacas no estábulo ao lado,
Sabe a vida a vida real e original.

Na festa do verão, quem está é novidade
E o velho moinho une corpos,
Como um templo une almas... pão.

Se há carro, monta-se nela nele,
Enquanto os tractores, quase nos acariciam
Com o flagrante que apressa a descida do leite
No leito encharcado de fertilidade.

Espreme-se o leite nas tetas
Para que no domingo de manhã,
Não haja anúncios de falsas uniões.

Na aldeia sente-se a existência
Como era antes de existência ser...
Não se vive por nada,
Vive-se porque sabe bem.

Isto pode ser masturbação intelectual, mas...
Sabe bem como dar uma Foda na aldeia!


Rantasalmi – Savonlinna

09-04-2009

João Bosco da Silva

1 comentário:

s0ninha d0s lim0es disse...

Lindo, João.

até te chamei João :)

beijo*