domingo, 26 de abril de 2009

Alicerces de Ser

Tento encontrar-me fugindo dos que me aproximam ao original.
Busco onde nunca pisei, porque acredito que o que sou,
Não é o que fui.
Quero inventar-me sem me saber.

É impossível que o perfume que nunca cheirei,
Me faça regressar aonde nunca estive.

Despi-me das roupas tradicionais
Para envolver o corpo com outros trapos.
Se quero regressar,
Já não me serve a roupa.
Se quero sentir a pele,
Está coberta de insensibilidade.

Quando regresso, não sei qual deixe dominar-me
E representar o corpo mais eu.

Terei ainda a mesma cor de olhos
Daquele de cabelo mais claro e de alma maior e mais limpa?


22.04.2009

Helsínquia

João Bosco da Silva

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