Em mim e em lado nenhum na realidade.
Caminho nesta praia em direcção a mim,
Ao que me ficou atrás e nunca fui.
Daqui não sairei, desta ilha, minha...
(Tantos reinos perdidos, reis esquecidos,
Poder limitado pelo verdadeiro poder
Das regras universais...)
Ai que sou tão deste tamanho!
Ai que me tenho todo na palma da mão,
Entre um punho fechado e velado,
Entre o contorno ósseo e a cobertura rosada
E nada mais!
Que longo nome!
Descrevo, descrevo-me sem imagens,
Mas nunca estou.
Condenação a de ser para mim,
Ser todos os outros que não sou
Para os outros que não sei quem são.
De onde e para quê?
Quem e porquê?
Deixa-me dormir no entardecer,
Que não quero fechar os olhos na escuridão.
30-03-2009
Savonlinna
João Bosco da Silva
Savonlinna
João Bosco da Silva
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