domingo, 29 de março de 2009

Deo gratias

Despejado!
Não criado ou parido,
Somente caído do nada
Que não aceitou a minha inexistência.
Ocupava demasiado espaço para não ser,
Agora ocupo muito pouco para quem é.

Passam vidas por mim
E só me vêem o que eu não vejo
Por estar de costas.

Despejaram-me aqui,
Eu verto-me por aí, aos poucos,
Até à eternidade...

...na hora da nossa morte. Amén.


22-03-2009

Rantasalmi

João Bosco da Silva

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